Os correspondentes da Wilder, Cláudia Salgueiro e Vítor Guerreiro, levaram o caderno, as aguarelas e a câmara fotográfica e contam-lhe o que viram num percurso a pé de 18 quilómetros.
Com o Sol a espreitar e a Primavera a sorrir, decidimos ir caminhar junto ao mar, subindo as margens do rio Douro até à foz, numa viagem de 18 quilómetros.
Começámos cedo junto à estação de São Bento, no Porto. Descemos até à Ribeira e passámos a ponte D. Luís. A partir daí fomos descendo a rua passando pelo Cais da Ribeira de Gaia e continuando até ao cais de São Pedro da Afurada. Este é o ponto onde sentimos que estamos a deixar o rio para trás e finalmente aproximamo-nos do mar.
Quando andamos e sentimos o mar perto de nós, estamos permeáveis ao som das ondas, à textura da areia, à brisa marítima no cabelo e ao vago aroma a água salgada que nos inunda os pulmões e a alma. A partir daí é a praia que nos enche os olhos, as ondas que quebram nas rochas e as gaivotas ora pousadas ora a sobrevoar os céus.
Todas a oportunidades são boas para desenhar e fotografar, basta parar um momento e olhar em redor, sentir o ambiente e o espaço, observar o lugar e no fim ter coragem para gravar aquela memória ora com papel ora com o diafragma da máquina.
Aqui junto ao mar podemos observar parte da Reserva Natural do Estuário do Rio Douro, com os seus guinchos-comuns, gaivotas-d’asa-escura e gaivotas argênteas.
O passadiço de madeira que nos permite caminhar na costa passa pela Capela do Senhor da Pedra em Miramar, onde vimos um peneireiro-vulgar que sobrevoava as dunas à procura de alimento.
Nesta caminhada de cerca de três horas e meia tentámos ver o máximo possível e aproximarmo-nos mais do que nos rodeia. Foi uma descoberta para nós que já há muito queríamos subir o Douro pelo lado de Gaia e seguir pela costa abaixo.
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