A associação de conservação da natureza Quercus pediu ao Governo que proíba a caça a Norte do rio Tejo como medida excepcional. Um número incalculável de animais selvagens perdeu os seus habitats para o fogo.
Os incêndios deste ano queimaram mais de 500 mil hectares, com principal incidência nas regiões a Norte do rio Tejo e principalmente em áreas predominantemente rurais. “Estes incêndios devastaram enormes áreas, com alguns municípios a serem afetados em mais de 90% da sua área, provocando também a morte de um número incalculável de animais selvagens e destruição dos seus habitats”, escreveu ontem a Quercus em comunicado.
“Com a vastidão das áreas queimadas e escassez de alimentos, vários animais selvagens têm procurado refúgio e alimentação nas poucas e reduzidas áreas verdes das zonas mais afetadas, muitas vezes perto das povoações.”
Na verdade, à associação têm chegado dezenas de denúncias de “abate indiscriminado” de coelhos-bravos que se aproximam das habitações para se alimentarem nas únicas zonas verdes disponíveis.
Por isso, a Quercus defende que o Governo da República e, em especial, os ministros do Ambiente e da Agricultura, devem tomar “medidas no sentido de proibir a caça a norte do rio Tejo como medida excepcional”.