As espécies exóticas invasoras causam danos à escala europeia na ordem dos 12 mil milhões de euros por ano. A Comissão Europeia anunciou ontem a primeira lista da União Europeia com as 37 espécies que os Estados membros devem travar.
Hoje há mais de 12.000 espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos exóticos na União Europeia. Destes, 15% são espécies invasoras e os seus números crescem com uma rapidez que impressiona.
“Ao competirem com as espécies indígenas, estas exóticas invasoras são uma das maiores causas de perda de biodiversidade e têm graves consequências económicas”, segundo um comunicado de Bruxelas divulgado ontem. Os custos destas espécies estão orçados em mais de 12 mil milhões de euros por ano.
A primeira lista das espécies exóticas invasoras da União Europeia tem 37 espécies, incluindo a rã-touro-americana (Lithobates catesbeianus), a tartaruga-da-florida (Trachemys scripta), o esquilo-cinzento (Sciurus carolinensis), a vespa-asiática (Vespa velutina) e o jacinto-de-água (Eichornia crassipes).
As espécies desta lista – feita com a ajuda de todos os Estados membros e que será constantemente actualizada – serão alvo de medidas específicas, como restrições à sua importação, venda, manutenção, reprodução e cultura. Os Estados membros terão de tomar medidas para fazerem detecções precoces e erradicações rápidas e ainda gerir as espécies que já estejam muito espalhadas pelos seus territórios. Estas medidas entram em vigor 20 dias depois da publicação desta lista no Jornal Oficial da União Europeia.
O comissário europeu para o Ambiente, Karmenu Vella, explicou que “algumas espécies de plantas e animais podem causar danos em casas, colheitas e formas de subsistência. Por isso, se possível, têm de ser mantidas longe, e se não for possível, devem ser mantidas sob controlo”.
[divider type=”thick”]Saiba mais:
Consulte aqui as 37 espécies da lista.
Conheça a posição das associações Zero e Fapas sobre as espécies exóticas invasoras e o que pediu ao Governo em Abril passado.
E saiba o que se está a fazer em Portugal, nomeadamente no Alentejo, e como pode ajudar, através do projecto Invasoras.pt.